Falaram de outros nomes,
poesia, Frida Kahlo,
trocaram confidências,
comentaram o terrível gosto de cigarro.
Ela contou da sua vida,
seu antigo namorado.
Ensinou logo de cara
a não pisar no seu calo.
Ele ouviu atentamente,
pescou cada movimento,
o modo como mexe em seus cabelos,
ou como ele se atrapalha ao vento.
Ele logo percebeu
naquela meia luz da vela
que o que iluminava a sala toda
na verdade, era ela.
Ela também se permitiu notar
que aquele rapaz fazia alguma diferença,
fazia o seu coração pular.
E os dois ali,
naquela troca de mesmas manias esquisitas
decidiram no fim da noite
permanecerem juntos até o fim de suas vidas.
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